Diante da divulgação pública do meu afastamento e das declarações do diretor de futebol Flávio Adauto e do gerente de futebol Alessandro Nunes, do Corinthians, explico:
Na tarde da última quarta-feira, tive uma conversa com os dois dirigentes do clube e ambos me passaram que eu seria afastado, para treinar em horários diferentes do grupo, por conta de declarações feitas em matéria do jornal LANCE!. Segundo eles, por dois motivos: ter revelado a história ocorrida nos EUA, quando minha aliança sumiu no quarto que eu estava hospedado, e por ter respondido a uma pergunta sobre dirigentes do Fenerbahcçe terem ido ao CT Joaquim Grava.
Sobre o episódio dos EUA, reafirmo que não tive respaldo algum dos dois dirigentes. Nada foi resolvido, tanto que, se tivesse sido, teria minha aliança de volta ou algum esclarecimento perante a situação. Não vejo como um fato corriqueiro, tanto que o assunto foi parar na polícia do país, sem solução. Mas se não consideram como problema, respeito a opinião de cada um.
Sobre os dirigentes turcos, apenas respondi a uma pergunta do repórter. O mesmo, inclusive, deixa isso claro na matéria: “Cristian não quis entrar em detalhes, mas o LANCE! apurou que, por ter atuado no clube turco, o volante foi acionado para entreter os visitantes que já aguardavam há horas no local para serem atendidos”. Em nenhum momento o objetivo da visita foi interferir no assunto, mas sim para dar um respaldo aos visitantes. Nada além disso. Não cabe a mim entender ou procurar os motivos do vazamento da notícia.
Em nenhum momento, durante a conversa da tarde da última quarta-feira, foi questionada a minha situação física, técnica ou o meu comprometimento com o trabalho. Se fosse por esses motivos, não precisaria de todo esse tempo para uma definição como a tomada. Não tenho nenhum atraso no clube e cumpro com todas as minhas obrigações.
Infelizmente, não estou sendo aproveitado por opção, mas sempre respeitei as decisões da comissão técnica. O que me chateou, e deixei isso bem claro, foi não ter sido avisado antes que não seria aproveitado. Assim, teria tempo para procurar outro clube ou uma melhor situação para as duas partes. Com os campeonatos em andamento, ficou mais difícil, mas respeitei a decisão, cumprindo tudo o que me foi passado. Minha relação com o técnico Fábio Carille seguiu a mesma.
Por muito tempo, apanhei e vi notícias mentirosas envolvendo o meu nome, trazendo uma carga emocional para mim e para minha família. Por conta disso, resolvi colocar a minha versão dos fatos. Queria deixar claro que a minha admiração pela entidade Corinthians será eterna, independentemente do que aconteça. Reconheço que, por conta das lesões, minha segunda passagem não foi como eu esperava. Porém, sempre trabalhei procurando conquistar o meu espaço e assim sempre será. Eu confio no meu futebol e continuarei me dedicando para jogar em alto nível.